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A Instalação DUPLA EXPOSIÇÃO, 2003, é com por três ambientes. O primeiro olhar atravessa o texto escrito sobre transparência e encontra a antessala. Duas grandes imagens do performer iluminado de baixo para cima em diferentes intensidades. Passando ao segundo, a enorme construção de tijolos, sem janelas (as aberturas são as portas e os olhos mágicos). Entramos e nos deparamos com o ambiente escuro, fechado. Nele, a imagem gravada do performer performa à maneira do Buster Keaton ancião, no único filme feito por Samuel Beckett, 1964, chamado Film, fechando janelas (virtuais) para não deixar entrar a luz. Ao ser invadido por luz intensa, que “mata” a aparição do performer (que é projeção, feito de luz), o cômodo se revela naquilo que é: um quarto de espelhos negros, onde nos vemos capturados pela parede/tela... No terceiro estágio, uma repetição em tamanho liliputiano: uma caixa de vidro com as mesmas proporções da casa, abriga as projeções de imagens congeladas daquele Buster Keaton revisitado, nosso fechador de janelas...

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