FELIZES PARA SEMPRE, 1998, reúne as os trabalhos Abrigos, Chapéus, Paisagem e Casaco.
Abrigos
Oito armários hospitalares - estrutura metálica pintada de branco com vidros - de cerca de 2m de altura, 50 cm de largura e 40 cm profundidade dispostos pelo espaço. Em cada um, uma proproposição para uma ação a ser desempenhada pelo fruidor - da observação por diversos ângulos à penetração no estreito espaço. Às vezes, um ocupante pode ser encontrado. O que ele faz? Sempre ações para nada. Às vezes, uma lembrança pode se oferecer: por fotos, objetos, por superposição de imagens.
Chapéus
Aqui, os armários são menores e estão afixados na parede. Do corpo, só “enlaçam” a cabeça. E é assim que se observa, os armários chapéus: de dentro deles, onde podemos encontrar a nossa auto-alter imagem, ou o som, do quê, mesmo? ou instruções. Alguns dele são cegos. Não se dão a ver nem podem ser penetrados. Como duplos daqueles outros oferecem aquilo que, de certa forma, já segredamos a eles.
Paisagem
Uma mesma imagem - o performer vestido em um casaco de pelo enorme dentro de um armário metálico hospitalar - em 150 cópias de 20cm x 30cm que vão do brilho total (quase branco) à ausência de luz (quase preto). Montados em uma linha, são como fotogramas que revelam diferenças de luz e não de movimento.
Casacos
Ao mesmo tempo abrigo e impedimento de movimento (uma camisa de força não amarrada?). De pelo branco ou de acrilon, o que não varia são as enormes mangas impeditivas. Podem estar no corpo do performer ou dobrados e guardados. Podem estar estendidos no chão, ou podem ser enormes (casacos-casa, ou casacos -monumento?)