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Uma sala na penumbra. Somos avisados que assistiremos a um ensaio do videodança NADA SE MOVE, 2013. Algumas cadeiras estão espalhadas. Depois que todos estão acomodados, escuro total. Ouve-se uma voz de alguém que começa a descrever o espaço em que estamos, enquanto anda por entre as pessoas. Se movimentando cada vez mais rápido e de maneira imprevisível, ela agora descreve, também, os movimentos que executa.  É possível sentir sua respiração, às vezes o toque, às vezes um tropeço. Ela começa a contar algo que aconteceu com ela no  passado. As narrativas vão se sobrepondo e se cruzando... Em algum momento, ela esbarra em alguém... Passamos então a escutar seu relato do ato, suas impressões em relação àquele em quem ela esbarrou. Mas ela continua. As narrativas são constantemente atravessadas por outras. Sem aviso, a voz desaparece.

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